Junho de 1980. Há 41 anos, quando muito pouco ou nada se falava sobre carro elétrico no mundo, o empresário João Augusto Conrado do Amaral Gurgel construiu uma fábrica cuja finalidade era montar veículos movidos a eletricidade em Rio Claro, interior de São Paulo.
A história da marca Gurgel começou em 1969, quando nasceu a Gurgel Motores. A ideia era fazer um automóvel 100% nacional. O primeiro carro foi uma espécie de bugue com mecânica Volkswagen, batizado de Ipanema.
Ao fazer um veículo de recreação destinado ao uso fora de estrada, Gurgel evitava o confronto direto com as marcas já estabelecidas no país. Em 1972, Gurgel lançou o Xavante XT, mais tarde rebatizado de X-12, e mais tarde ainda (1988) transformado em Tocantins.
Uma das características do jipinho era o chassi feito de um material batizado de plasteel, mescla de plástico e aço. A carroceria utilizava plástico e fibra de vidro. Outra inovação para a época era o sistema batizado de Selectraction. Era um sistema tão rudimentar como eficaz, que bloqueava uma das rodas de tração para evitar patinação sobre piso de baixa aderência. O X-12 se tornaria o Gurgel de maior sucesso, e o mais conhecido até hoje.
A trajetória pelos modelos elétricos começou com o protótipo Itaipu E150, desenvolvido em 1975. As coisas nessa época iam tão bem que, em 1979, a empresa participou do Salão de Genebra, um dos mais importantes do mundo.
Após cinco anos de desenvolvimento, em 1980 a Gurgel lançou o E150, seguido, em 1981, pelo Itaipu E400. Mas as coisas começaram a se complicar para a empresa quando o então presidente Fernando Collor de Melo isentou de IPI todos os carros com motor abaixo de 1.000 cm³. Com isso, logo surgiram opções maiores, mais confortáveis e potentes que o BR-800, caso do Fiat Uno Mille.
Outro duro baque na Gurgel foi a abertura das importações. Como resultado, opções desembarcaram por aqui custando menos que os modelos da marca. Em 1992, a empresa chegou a lançar o Supermini, evolução do BR-800. Mas no ano seguinte a Gurgel pediu concordata. Em 1994 foi decretada a falência. O empresário morreu em 2009.
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Fonte: Jornal do Carro
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