E aí professores? Vocês estão cuidando da voz na pandemia? Saiba que a utilização da máscara exige um cuidado com a voz.

 

O uso de máscara é uma das medidas mais eficazes na prevenção contra o novo coronavírus. E esse equipamento de proteção se tornou uma peça-chave na hora de se preparar para sair de casa, já que o uso de máscaras agora é uma medida de segurança obrigatória em todo o país. Com o uso mais frequente, as pessoas começam a apresentar algumas dificuldades de comunicação enquanto estão usando esse acessório. Isso chamou a atenção de um grupo de professoras pesquisadoras que notaram a relevância do assunto e decidiram estudá-lo.



A pesquisa intitulada “Efeito do uso de máscara na autopercepção vocal durante a pandemia de covid-19” foi conduzida pelas docentes do Departamento de Fonoaudiologia da Unicentro Ana Paula Dassie-Leite, Eliane Cristina Pereira e Perla do Nascimento Martins, e as professoras da Universidade Federal de Sergipe Vanessa Veis Ribeiro e Roxane de Alencar Irineu. A base para o estudo foram as respostas a um formulário online com perguntas relacionadas a questões como o esforço, a frequência, o desconforto, dentre outros aspectos percebidos pelas pessoas na hora de usar a voz quando estão com máscara e quando estão sem.

Um dos principais objetivos da pesquisa foi, portanto, identificar quais as principais queixas vocais percebidas com o uso desse EPI e também avaliar como elas se relacionam com outros fatores, como o tempo que a pessoa usa a máscara ao longo do dia e as necessidades dela em relação à comunicação em sua profissão, por exemplo.

O uso de máscara pode tornar mais evidente o esforço para falar, e também,  as dificuldades na coordenação da respiração enquanto a pessoa se comunica, já que o tecido disposto na frente do rosto forma uma barreira que diminui a projeção e a amplificação da voz. Segundo a pesquisa, o tipo de tecido da máscara em si não influenciou nas queixas relatadas pelas pessoas, mas sim a adaptação do acessório no rosto – aquelas que disseram usar máscaras mais apertadas foram as que mais referiram dificuldades à voz e a comunicação.

Além de buscar uma máscara que fique confortável no rosto, outras orientações também são úteis para minimizar os efeitos negativos para a voz durante o uso desse equipamento de proteção. “Movimentar bastante os lábios e a musculatura orofacial para que os sons possam ser produzidos de forma precisa e, assim, possam chegar de forma mais adequada para o interlocutor. Além disso, reduzir um pouco a velocidade da fala e fazer mais pausas durante o discurso, porque esses dois recursos também vão ajudar as pessoas a compreenderem melhor o que você diz. Para aquelas pessoas que estão utilizando a voz profissionalmente, ou seja, que precisam utilizar a máscara por várias horas durante o dia e falando por muitas horas durante o dia, vale a pena verificarem se a utilização de um microfone, por exemplo, pode ser um recurso importante, porque o microfone pode fazer com que se poupe volume vocal e esforço vocal”, aconselha Ana Paula.

 

Créditos: Unicentro

Disponível em: https://www3.unicentro.br/irati/2020/06/29/pesquisa-sobre-autopercepcao-vocal-com-o-uso-de-mascara-ja-tem-resultados/

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