UMA MORTE ANGUSTIANTE: O desastre do Challenger (missão STS-51-L) em janeiro de 1986 onde os astronautas não morreram no exato momento

 UMA MORTE ANGUSTIANTE

O desastre do Challenger (missão STS-51-L) em janeiro de 1986 é sem dúvida uma das piores tragédias da exploração espacial, naquele dia sete astronautas perderam a vida durante o lançamento apenas 72 segundos após a decolagem.

Mas uma das partes mais tristes daquele dia fatídico é saber que os astronautas não morreram no exato momento em que o ônibus espacial e todos os seus componentes se desintegraram, mas quase certamente sobreviveram ao incidente inicial.

Graças à análise das gravações feitas com câmeras de rastreamento, foi possível verificar que a cabine da nave Challenger permaneceu praticamente intacta após a desintegração de todo o navio (dentro do círculo vermelho na imagem).

Esta cabine foi construída com alumínio reforçado e era consideravelmente mais resistente e robusta que o resto do orbitador, o que era lógico já que a tripulação estava dentro.



Muito provavelmente, todos os sete astronautas, ou alguns deles, sobreviveram ao enorme empurrão inicial (quase 20 g) que deve ter causado a explosão do tanque externo de combustível líquido e a destruição de todo o corpo do orbitador.

A imagem mostra a cabine sem o nariz da frente, ou seja, apenas o compartimento por onde passou a tripulação.

Após o acidente, a cabine continuou a subir devido ao efeito da inércia até atingir cerca de 20 quilômetros, antes de fazer um movimento parabólico e cair em queda livre no oceano.

Se algum dos astronautas ainda estivesse vivo naquela época, infelizmente seu destino estava selado, pois nem o ônibus espacial nem sua cabine tinham qualquer sistema de escape de emergência para essas situações.

Aqueles que ainda estavam vivos dentro dessa grande caixa de metal foram mortos quando ela atingiu o oceano a mais de 330 km/h.

A análise da cabine após sua recuperação mostrou que os astronautas haviam movido os controles nos painéis e ativado o oxigênio de emergência de seus trajes, o que confirmou que eles tentaram se salvar até o último momento.

Foto: NASA

Reprodução Más Ciencia 

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