ANTIMATÉRIA: De onde vem a antimatéria em nossa galáxia?
Grande parte do Universo é composto de matéria comum e não de antimatéria. Os cientistas, usando seus detectores na Terra, continuam a encontrar um número relativamente grande de pósitrons, levando-os a se perguntar sobre as possíveis fontes dessa antimatéria.
Exceto por sua carga elétrica, que é oposta, matéria e antimatéria são idênticas em todos os aspectos. E como sabemos muito bem que na natureza todas as partículas têm suas 'antipartículas' correspondentes. De acordo com a teoria atual, uma quantidade idêntica de matéria e antimatéria deveria ter sido gerada durante o Big Bang. Mas há inúmeras evidências de que tudo o que podemos ver ao nosso redor, mesmo as galáxias mais distantes, é feito apenas de matéria. Até onde sabemos, não existem 'anti-planetas' ou 'anti-estrelas' lá em cima. E se existissem, certamente já teríamos detectado os flashes gama de alta energia resultantes de seu contato com a matéria 'normal' ao seu redor.
Acontece que o feixe de antimatéria, o maior de seu tipo já visto na Via Láctea, vem de um pulsar (PSR J2030+4415) a cerca de 1.600 anos-luz da Terra. Este objeto, do tamanho de uma cidade, gira cerca de três vezes por segundo. O filamento que deixou abrange cerca de metade do diâmetro da Lua cheia no céu, tornando-o o mais longo de um pulsar visto da Terra.
Para os cientistas, essa descoberta pode ajudar a esclarecer um mistério que os intriga há décadas. Desde então, eles acreditam ter encontrado uma resposta. A antimatéria que observamos na galáxia vem de pulsares como este, que têm uma rotação rápida e campos magnéticos muito intensos, aceleram as partículas e criam feixes de radiação de alta energia que dão origem a pares de elétrons e pósitrons. A colisão resultante provavelmente desencadeou um vazamento de partículas, onde o campo magnético do vento pulsar se ligou ao campo magnético interestelar. Como resultado, elétrons e pósitrons de alta energia podem ter saído através de um "bico" formado pela conexão com a galáxia.
Fonte: Raio-X: NASA
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Astronomia