Pela primeira vez, a poluição microplástica foi encontrada alojada profundamente nos pulmões de pessoas vivas.

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Pela primeira vez, a poluição microplástica foi encontrada alojada profundamente nos pulmões de pessoas vivas. A descoberta foi feita por pesquisadores do Reino Unido após analisarem amostras de tecido pulmonar de 13 pacientes submetidos à cirurgia – em 11 deles havia a presença do material.



O estudo, publicado na revista científica Science of The Total Environment, avaliou partículas de até 0,003 mm de tamanho e usou espectroscopia para identificar o tipo de plástico, segundo o jornal The Guardian. Os mais presentes foram o polipropileno, usado em embalagens plásticas e tubulações, e o PET, usado em garrafas.

O resultado da pesquisa mostra, segundo os cientistas, que a poluição por microplásticos é onipresente no planeta, tornando a exposição humana inevitável e significando que “há uma preocupação crescente em relação aos perigos para a saúde."

“Não esperávamos encontrar o maior número de partículas nas regiões inferiores dos pulmões, ou partículas dos tamanhos que encontramos”, disse Laura Sadofsky, da escola de medicina Hull York, no Reino Unido, e autora sênior do estudo. “É surpreendente, pois as vias aéreas são menores nas partes inferiores dos pulmões e esperávamos que partículas desses tamanhos fossem filtradas ou presas antes de chegar tão fundo”.

Para a pesquisadora, os dados coletados “fornecem um avanço importante no campo da poluição do ar, microplásticos e saúde humana” e podem ser usados para criar condições realistas para experimentos de laboratório com o objetivo de determinar os impactos na saúde.

Dois trabalhos anteriores a este já tinham encontrado microplásticos em taxas igualmente altas no tecido pulmonar obtido durante autópsias. Um deles, realizado no Brasil em 2021, analisou 20 pessoas e verificou a presença do material em 13 delas.

O polietileno, usado em sacolas plásticas, foi uma das partículas mais comuns. Os pesquisadores concluíram o seguinte: “Resultados deletérios à saúde podem estar relacionados a esses contaminantes no sistema respiratório após a inalação”.

Fonte: Época Negócios

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