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Astrônomos do Observatório do Valongo, da UFRJ, descobriram num minúsculo planeta um anel "impossível", que desafia uma lei da física do século XIX aceita até então. Pesquisa foi publicada na Revista Nature e é um fato científico histórico.
Mas o que dizer de anéis ao redor de asteroides? Uma descoberta surpreendente liderada por um pesquisador do Observatório do Valongo da UFRJ nos levará até Quaoar, um asteroide gelado localizado nos confins do Sistema Solar.
Quaoar é um dos astros conhecidos como objetos Transnetunianos. Eles orbitam o Sol em regiões além do planeta Netuno, onde a luz da nossa estrela é bem fraquinha. Com mais de 1000 km de diâmetro, Quaoar é candidato a planeta-anão (mesma classe de Plutão), foi descoberto em 2002 e encontra-se a uma distância de 41 vezes a distância Terra-Sol. Objetos como Quaoar são fósseis praticamente intactos da formação do Sistema Solar e conhecê-los é fundamental para o entendimento de como o Sistema Solar se formou e evoluiu até os dias atuais.
Após a descoberta dos anéis em torno do asteroide Chariklo, realizada em 2013, também por um brasileiro, uma equipe internacional de 59 pesquisadores divulgou na revista Nature, o inusitado anel ao redor de Quaoar, detectado pela precisa técnica das ocultações estelares. Entre os 13 brasileiros da equipe, destacam-se a participação de dois pesquisadores do Observatório do Valongo, o Prof. Marcelo Assafin e o prof. Bruno Morgado, que é o principal autor da descoberta.
Monitorando a queda de luz da estrela ao passar atrás do asteroide, é possível mapear e inferir o formato do mesmo, assim como estudar seus arredores. Depois de aproximadamente 3 anos de análises, notou-se que há algo ao redor de Quaoar que bloqueia a luz estelar de modo muito sutil. Esse efeito só pode ser causado pela presença de um fino anel. A questão que deixou os pesquisadores intrigados é que o anel deveria estar mais próximo do asteroide, para confirmar uma hipótese conhecida como Limite de Roche. Se os anéis estão lá, eles deveriam estar mais próximos de Quaoar do que foi inferido (4100 km de distância). De outra forma, eles não deveriam existir. Como explicar?
Há possibilidades interessantes que já estão sendo analisadas, mas nenhuma conclusiva até agora. Aguardamos observações mais detalhadas de Quaoar nos próximos anos para tentar entender esta descoberta. Todavia, este assombroso resultado pode fazer com que tenhamos que reavaliar nosso entendimento sobre o processo de formação dos anéis do Sistema Solar, além de abrir portas para novas descobertas sobre os asteroides em um futuro próximo.
Via Astronomia UFRJ Observatório
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Mas o que dizer de anéis ao redor de asteroides? Uma descoberta surpreendente liderada por um pesquisador do Observatório do Valongo da UFRJ nos levará até Quaoar, um asteroide gelado localizado nos confins do Sistema Solar.
Quaoar é um dos astros conhecidos como objetos Transnetunianos. Eles orbitam o Sol em regiões além do planeta Netuno, onde a luz da nossa estrela é bem fraquinha. Com mais de 1000 km de diâmetro, Quaoar é candidato a planeta-anão (mesma classe de Plutão), foi descoberto em 2002 e encontra-se a uma distância de 41 vezes a distância Terra-Sol. Objetos como Quaoar são fósseis praticamente intactos da formação do Sistema Solar e conhecê-los é fundamental para o entendimento de como o Sistema Solar se formou e evoluiu até os dias atuais.
Após a descoberta dos anéis em torno do asteroide Chariklo, realizada em 2013, também por um brasileiro, uma equipe internacional de 59 pesquisadores divulgou na revista Nature, o inusitado anel ao redor de Quaoar, detectado pela precisa técnica das ocultações estelares. Entre os 13 brasileiros da equipe, destacam-se a participação de dois pesquisadores do Observatório do Valongo, o Prof. Marcelo Assafin e o prof. Bruno Morgado, que é o principal autor da descoberta.
Monitorando a queda de luz da estrela ao passar atrás do asteroide, é possível mapear e inferir o formato do mesmo, assim como estudar seus arredores. Depois de aproximadamente 3 anos de análises, notou-se que há algo ao redor de Quaoar que bloqueia a luz estelar de modo muito sutil. Esse efeito só pode ser causado pela presença de um fino anel. A questão que deixou os pesquisadores intrigados é que o anel deveria estar mais próximo do asteroide, para confirmar uma hipótese conhecida como Limite de Roche. Se os anéis estão lá, eles deveriam estar mais próximos de Quaoar do que foi inferido (4100 km de distância). De outra forma, eles não deveriam existir. Como explicar?
Há possibilidades interessantes que já estão sendo analisadas, mas nenhuma conclusiva até agora. Aguardamos observações mais detalhadas de Quaoar nos próximos anos para tentar entender esta descoberta. Todavia, este assombroso resultado pode fazer com que tenhamos que reavaliar nosso entendimento sobre o processo de formação dos anéis do Sistema Solar, além de abrir portas para novas descobertas sobre os asteroides em um futuro próximo.
Via Astronomia UFRJ Observatório
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