Previsão de autocura de metal: Cientistas expressaram otimismo sobre capacidade de criar máquinas e estruturas auto-reparáveis ​​em um futuro relativamente próximo.


A cor verde marca o ponto onde uma fissura se formou e depois se fundiu novamente na representação artística da autocura em nanoescala em metal.
Imagem: Dan Thompson/Sandia National Laboratories/REUTERS

Cientistas descreveram como pedaços de platina e cobre puro curaram espontaneamente rachaduras causadas por metal, estudando como as rachaduras se formam e se propagam no metal sob tensão. Eles expressaram otimismo de que essa capacidade poderia ser incorporada aos metais para criar máquinas e estruturas auto-reparáveis ​​em um futuro relativamente próximo.

A fadiga do metal ocorre quando o metal – incluindo partes de máquinas, veículos e estruturas – sofre trincas microscópicas após ser exposto a tensões ou movimentos repetidos, danos que tendem a piorar com o tempo. A fadiga do metal pode causar falhas catastróficas em áreas como aviação (motores a jato, por exemplo) e infraestrutura (pontes e outras estruturas).
Metal Recusado: Curando "Soldagem a Frio"

Em experimentos no Sandia National Laboratories, no Novo México, os pesquisadores usaram uma técnica que puxava as pontas dos minúsculos pedaços de metal cerca de 200 vezes por segundo. A princípio, uma rachadura se formou e se espalhou. Mas 40 minutos depois do experimento, o metal se fundiu novamente. Os pesquisadores chamaram essa cura de "soldagem a frio".
"A soldagem a frio é um processo metalúrgico bem conhecido que ocorre quando duas superfícies metálicas relativamente lisas e limpas são reunidas para reformar as ligações atômicas", explica Brad Boyce, cientista de materiais do Sandia National Laboratories, que ajudou a liderar o estudo publicado na revista Nature . .

A autocura ocorre na escala nanométrica


"Ao contrário dos robôs auto-reparadores do filme 'Exterminador do Futuro', esse processo não é visível em escala humana. Acontece em escala nanométrica e ainda não conseguimos controlar o processo", acrescentou Boyce.

As peças de metal tinham cerca de 40 nanômetros de espessura e alguns micrômetros de largura. Embora a cura tenha sido observada nos experimentos apenas em platina e cobre, Boyce disse que as simulações indicaram que a autocura pode ocorrer em outros metais e que é "totalmente plausível" que ligas como o aço possam exibir essa qualidade.

"É possível imaginar materiais adaptados para aproveitar esse comportamento", disse Boyce.O pesquisador Ryan Schoell, do Sandia National Laboratories do governo dos EUA, no Novo México, usa uma técnica especializada de microscopia eletrônica de transmissão desenvolvida pelos cientistas Khalid Hattar, Dan Bufford e Chris Barr para estudar trincas de fadiga em nanoescala.
Imagem: Craig Fritz/Sandia National Laboratories/REUTERS

"Dados esses novos insights, pode haver estratégias alternativas de design de materiais ou abordagens de engenharia que podem ser concebidas para ajudar a mitigar a falha por fadiga". Além disso, esses novos insights podem lançar luz sobre falhas por fadiga em estruturas existentes, melhorando nossa capacidade de interpretar e prever tais falhas”, acrescentou Boyce.

A autocura foi observada em um ambiente muito específico usando um dispositivo chamado microscópio eletrônico.

“Uma das grandes questões que o estudo deixa em aberto é se o processo também ocorre no ar, e não apenas no ambiente de vácuo do microscópio. Mas mesmo que ocorra apenas no vácuo, tem ramificações importantes para a fadiga em espaçonaves ou fadiga associada a rachaduras no subsolo que não são expostas à atmosfera", disse Boyce.

Previsão de autocura de metal


Os cientistas já criaram alguns materiais autocuráveis, principalmente plásticos. Michael Demkowicz, coautor do estudo e professor de Ciência e Engenharia de Materiais na Texas A&M University, previu a autocura do metal há uma década.

Demkowicz pensou corretamente que, sob certas condições, submeter o metal a tensões que normalmente piorariam as rachaduras por fadiga poderia ter o efeito oposto.

“Agora acredito que as aplicações tangíveis de nossas descobertas levarão mais 10 anos para serem desenvolvidas”, diz Demkowicz.


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