Descobrem variante genética que pode limitar a infecção pelo HIV

Descobrem variante genética que pode limitar a infecção pelo HIV



Micrografia eletrônica de varredura de uma célula T humana H9 (azul/verde) infectada com partículas do vírus HIV (amarelo). Crédito fotográfico: NIAID


Propagando-se pelo corpo, o vírus reduz a capacidade do sistema defensivo de combater as infecções, gerando múltiplas infecções. No entanto, uma rara mutação genética pode ser a resposta para impedir o avanço do vírus.


De acordo com um novo estudo realizado por uma equipe internacional de pesquisadores, liderado por Simon Mallal, cientista da Universidade Murdoch de Perth (Austrália), eles descobriram uma nova variante genética em pessoas de ascendência africana que tem a capacidade de impedir a replicação do HIV no corpo humano após um contágio.


Os cientistas realizaram um estudo sobre pessoas de ascendência africana que vivem com o HIV-1, tirando amostras de cerca de 3.900 indivíduos, descobrindo no final um conjunto de 16 variantes genéticas que podem limitar a replicação do HIV.


Especificamente, a rara mutação genética encontrada nesta população é encontrada em um gene do cromossomo 1 chamado CHD1L. Que apresenta baixos níveis de vírus HIV, no período mais crônico da infecção.


Nas análises, os pesquisadores visualizaram que a replicação do HIV aumentava se o gene CHD1L fosse desativado nos macrófagos, um conhecido reservatório do HIV-1. Caso contrário, quando se mantém ativo, é quando se apresentam baixos níveis do vírus.


Para os pesquisadores, embora até agora ainda não se saiba como o CHD1L controla a carga viral, a descoberta é muito relevante porque se estima que entre 4% e 13% das pessoas de ascendência africana são portadoras da variante de maior alcance no CHD1L, impedindo o progresso das infecções em áreas afetadas pelo vírus.


Além disso, os pesquisadores acreditam que a pesquisa pode levar a novas opções de tratamento do vírus, o que ajudaria a enfrentar uma doença que afetou mais de 45 milhões de pessoas que viviam com o vírus durante o ano de 2022. 

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