Pela primeira vez na história, cientistas observaram o despertar de um buraco negro, e que isso que isso significa para a ciência? Este curioso objeto observado está a 300 milhões de anos-luz de distância e desafia tudo o que sabemos até agora.
O buraco-negro:
Os buracos negros são corpos celestes que se formam dos restos condensados de uma estrela de, pelo menos, três massas solares. Os buracos negros são corpos celestes caracterizados por terem uma elevada concentração de massa numa mínima região do espaço, gerando um campo gravitacional extremamente intenso. Têm origem do colapso gravitacional de outros corpos celestes, como as estrelas. Sua estrutura é formada por três elementos principais: singularidade, horizonte de eventos e discos de acreção. São classificados em estelares, supermassivos e intermediários de acordo com a sua massa.

(Imagem real de um buraco negro)
O buraco negro Phoenix A* é o maior buraco negro conhecido no universo, com 100 bilhões de vezes a massa do Sol. Ele está localizado no centro da galáxia elíptica Fênix, em um aglomerado de galáxias.
Outros buracos negros conhecidos:
Gaia BH3: O maior buraco negro estelar da Via Láctea, com 33 vezes a massa do Sol. Ele está localizado na constelação de Águia, a cerca de 2 mil anos-luz da Terra.
TON 618:Um quasar hiper luminoso localizado a cerca de 18,2 bilhões de anos-luz da Terra.
J0529-4351: Um buraco negro supermassivo que emite uma luz 500 trilhões de vezes mais intensa que a do Sol.
Sagittarius A*: O buraco negro supermassivo localizado no centro da Via Láctea, com uma massa estimada em cerca de 4,1 milhões de vezes a do Sol.
O buraco-negro:
Os buracos negros são corpos celestes que se formam dos restos condensados de uma estrela de, pelo menos, três massas solares. Os buracos negros são corpos celestes caracterizados por terem uma elevada concentração de massa numa mínima região do espaço, gerando um campo gravitacional extremamente intenso. Têm origem do colapso gravitacional de outros corpos celestes, como as estrelas. Sua estrutura é formada por três elementos principais: singularidade, horizonte de eventos e discos de acreção. São classificados em estelares, supermassivos e intermediários de acordo com a sua massa.
(Imagem real de um buraco negro)
O buraco negro Phoenix A* é o maior buraco negro conhecido no universo, com 100 bilhões de vezes a massa do Sol. Ele está localizado no centro da galáxia elíptica Fênix, em um aglomerado de galáxias.
Outros buracos negros conhecidos:
Gaia BH3: O maior buraco negro estelar da Via Láctea, com 33 vezes a massa do Sol. Ele está localizado na constelação de Águia, a cerca de 2 mil anos-luz da Terra.
TON 618:Um quasar hiper luminoso localizado a cerca de 18,2 bilhões de anos-luz da Terra.
J0529-4351: Um buraco negro supermassivo que emite uma luz 500 trilhões de vezes mais intensa que a do Sol.
Sagittarius A*: O buraco negro supermassivo localizado no centro da Via Láctea, com uma massa estimada em cerca de 4,1 milhões de vezes a do Sol.
No verão passado, uma equipe de pesquisadores anunciou uma descoberta sem precedentes: pela primeira vez na história, testemunhamos o “despertar” de um buraco negro supermassivo.Este objeto, um buraco negro supermassivo, está localizado na galáxia SDSS1335+0728 e foi apelidado de Ansky. E é diferente de tudo que já vimos antes. Esta galáxia fica a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Virgem.
Até agora, os astrônomos observaram dois estados distintos em buracos negros:
— Aqueles que estão ativos, devorando matéria e emitindo poderosos jatos de energia...
—E os que estão inativos, praticamente dormindo.
Mas nunca tínhamos testemunhado o momento exato em que um deles passou do sono para a vigília.
Tudo começou em 2019, quando Ansky começou a emitir rajadas de raios X. Mas foi em fevereiro de 2024 que essas explosões se tornaram quase regulares, repetindo-se a cada 4 dias e meio. Esse fenômeno é conhecido como erupções quase periódicas, ou QPEs (explosões rápidas e recorrentes de raios X de buracos negros supermassivos, que se acredita serem resultantes de interações entre discos de acreção e matéria circundante.).
A causa dessas erupções periódicas? Um mistério total. Ninguém sabe exatamente o que os causa.
Mas aqui vem a parte mais surpreendente:
As erupções de Ansky não são apenas mais longas do que quaisquer outras observadas, mas também dez vezes mais brilhantes. Cada erupção libera cem vezes mais energia do que qualquer outro QPE conhecido. Até agora, a hipótese mais aceita era que essas explosões ocorriam quando uma estrela era dilacerada pela gravidade do buraco negro, gerando um disco de matéria quente (chamado disco de acreção) de onde emanavam os raios X.
Mas o mais intrigante: Ansky não parece estar destruindo uma estrela próxima, nem está se alimentando lentamente de um disco de acreção. O que está acontecendo não se encaixa em nenhum dos modelos que conhecemos. Poderíamos estar testemunhando um tipo completamente novo de comportamento cósmico, incluindo ondas gravitacionais que poderão ser detectadas no futuro pela missão LISA.
Este fenômeno representa uma oportunidade sem precedentes para observar a evolução de um buraco negro massivo em tempo real.
O estudo foi publicado na revista Nature Astronomy, denomidado Descoberta de erupções quase periódicas extremas em um buraco negro massivo recentemente acumulado e está disponível em: https://www.nature.com/articles/s41550-025-02523-9
A Missão LISA:
A missão LISA (Antena Espacial de Interferômetro Laser) é um projeto internacional que visa estudar ondas gravitacionais. A missão é liderada pela Agência Espacial Européia (ESA) e conta com a participação da NASA e de um consórcio de cientistas.
Objetivos da Missão:
1.Detectar e analisar ondas gravitacionais
2.Capturar as ondas gravitacionais que se originaram no início do Universo
3.Observar ondulações no espaço-tempo causadas por eventos como a fusão de buracos negros
A Antena Espacial de Interferômetro Laser (LISA) da ESA será o primeiro observatório espacial dedicado ao estudo de ondas gravitacionais: ondulações na estrutura do espaço-tempo emitidas durante os eventos mais poderosos do Universo, como pares de buracos negros se juntando e fundindo.
O lançamento:
Lançamento: planejado para 2035.
Até agora, os astrônomos observaram dois estados distintos em buracos negros:
— Aqueles que estão ativos, devorando matéria e emitindo poderosos jatos de energia...
—E os que estão inativos, praticamente dormindo.
Mas nunca tínhamos testemunhado o momento exato em que um deles passou do sono para a vigília.
Tudo começou em 2019, quando Ansky começou a emitir rajadas de raios X. Mas foi em fevereiro de 2024 que essas explosões se tornaram quase regulares, repetindo-se a cada 4 dias e meio. Esse fenômeno é conhecido como erupções quase periódicas, ou QPEs (explosões rápidas e recorrentes de raios X de buracos negros supermassivos, que se acredita serem resultantes de interações entre discos de acreção e matéria circundante.).
A causa dessas erupções periódicas? Um mistério total. Ninguém sabe exatamente o que os causa.
Mas aqui vem a parte mais surpreendente:
As erupções de Ansky não são apenas mais longas do que quaisquer outras observadas, mas também dez vezes mais brilhantes. Cada erupção libera cem vezes mais energia do que qualquer outro QPE conhecido. Até agora, a hipótese mais aceita era que essas explosões ocorriam quando uma estrela era dilacerada pela gravidade do buraco negro, gerando um disco de matéria quente (chamado disco de acreção) de onde emanavam os raios X.
Mas o mais intrigante: Ansky não parece estar destruindo uma estrela próxima, nem está se alimentando lentamente de um disco de acreção. O que está acontecendo não se encaixa em nenhum dos modelos que conhecemos. Poderíamos estar testemunhando um tipo completamente novo de comportamento cósmico, incluindo ondas gravitacionais que poderão ser detectadas no futuro pela missão LISA.
Este fenômeno representa uma oportunidade sem precedentes para observar a evolução de um buraco negro massivo em tempo real.
O estudo foi publicado na revista Nature Astronomy, denomidado Descoberta de erupções quase periódicas extremas em um buraco negro massivo recentemente acumulado e está disponível em: https://www.nature.com/articles/s41550-025-02523-9
A Missão LISA:
A missão LISA (Antena Espacial de Interferômetro Laser) é um projeto internacional que visa estudar ondas gravitacionais. A missão é liderada pela Agência Espacial Européia (ESA) e conta com a participação da NASA e de um consórcio de cientistas.
Objetivos da Missão:
1.Detectar e analisar ondas gravitacionais
2.Capturar as ondas gravitacionais que se originaram no início do Universo
3.Observar ondulações no espaço-tempo causadas por eventos como a fusão de buracos negros
A Antena Espacial de Interferômetro Laser (LISA) da ESA será o primeiro observatório espacial dedicado ao estudo de ondas gravitacionais: ondulações na estrutura do espaço-tempo emitidas durante os eventos mais poderosos do Universo, como pares de buracos negros se juntando e fundindo.
O lançamento:
Lançamento: planejado para 2035.
Local de lançamento: Porto Espacial Europeu na Guiana Francesa.
Veículo de lançamento: Ariane 6.
Órbita: heliocêntrica: seguindo ou à frente da Terra.
Saiba mais em:
Nature
ESA
Brasil Escola
Veículo de lançamento: Ariane 6.
Órbita: heliocêntrica: seguindo ou à frente da Terra.
Saiba mais em:
Nature
ESA
Brasil Escola
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Astronomia